Uma série que revela quais são as habilidades que irão te diferenciar no futuro do trabalho do novo normal do business.
Antes de iniciar com as duas próximas competências para a era digital, é importante que reveja o conceito de soft skills e a explicação das duas primeiras que estão nas partes 1 e 2 desta série (os links se encontram no final da matéria).
A terceira soft skill é Sensemaking, ou fazer sentido. É a capacidade de ouvir, compreender profundamente o contexto das expressões, distinguindo conceitos humanos dos conceitos computacionais, além de saber se expressar de forma clara fazendo com que o contexto tenha sentido, eliminando ambiguidades e distorções.
Perceba que aqui há três habilidades: ouvir, compreender e se comunicar. Por esse motivo é uma das soft skills mais difíceis de conseguir desenvolver, porém nada impossível.
O primeiro passo é saber ouvir, o que chamamos de escuta ativa. É bastante comum percebermos pessoas “escutando” algo ao mesmo tempo em que executam outra tarefa. Será que realmente há uma escuta na tentativa deste diálogo? Com certeza não. Haverá uma compreensão distorcida da conversa, com tópicos que mais chamaram a atenção, porém com uma conclusão bastante prejudicada e muitas vezes deturpada da realidade. Portanto, quando for conversar com alguém ou até mesmo participar de uma reunião/ discussão/ simpósio, passe a ouvir de maneira integral, inclusive com os olhos (focado em quem está falando). Agindo dessa maneira, automaticamente é desenvolvida a próxima habilidade que é a compreensão. Apenas preste atenção ao julgamento por juízo de valor, análise o todo antes de chegar a uma conclusão. Com o tempo e sua dedicação, inclusive em conversas informais, possivelmente sua evolução pode ser bem mais rápida, então, pode treinar até em casa com amigos, parentes ou pessoas próximas que tenha a oportunidade de um bom bate papo.
Os melhores caminhos para o desenvolvimento da compreensão são treinar, ler e perguntar. Tendemos a direcionar a nossa compreensão levando em consideração nossas crenças e valores, por isso é fundamental, mais uma vez, deixarmos o juízo de valor, a nossa certeza e ampliarmos o campo de visão, ouvindo opiniões diferentes Sabemos que os humanos possuem um diferencial enorme acerca da máquina: pensar e criar, sim a máquina cria, mas nada que não seja ensinado a ela antes, então o humano continua com uma enorme vantagem, devemos usar essa vantagem a nosso favor.
O último ponto acaba se tornando mais fácil após o desenvolvimento da escuta ativa e da compreensão. De forma natural, uma pessoa que sabe escutar e compreender, consegue se comunicar de maneira fácil e assertiva. E lá vão algumas dicas simples e eficientes: Algumas técnicas ajudam, como estabelecer uma conexão, ao olhar no olho da outra pessoa a conexão pode ser estabelecida; não interromper quem está falando ou falar junto com outra pessoa; usar exemplos e citações para ajudar na explicação e utilizar um vocabulário de fácil compreensão a todos. Sabemos bem que algumas pessoas não se sentem à vontade de olhar nos olhos mesmo com muitas tentativas, e está tudo bem, pois podem tentar se concentrar um pouco acima dos olhos e muito possivelmente irão conseguir permanecer por mais tempo de forma menos desconfortável.
A próxima soft skill, a Transdisciplinaridade, é a habilidade de entender e aplicar conceitos de múltiplas disciplinas, utilizando o conhecimento de diversas áreas para aplicar em uma situação (No Vale do Silício é geralmente conhecido como “conhecimento em T”). Para ficar mais fácil de entender, imagine uma professora explicando o funcionamento do corpo humano utilizando não apenas os conceitos de biologia, mas também de matemática, física e química.
Porém, não basta utilizar os conceitos, é preciso organizar e contextualizar todos eles para aplicar em uma única situação. O profissional transdisciplinar consegue unir diversos conceitos como gestão de pessoas e gestão de projetos ao mesmo tempo para o desenvolvimento de um software, por exemplo. Para ter destaque no mundo corporativo é importante ter conhecimentos em diversas áreas e saber aplicá-los para gerenciar uma situação.
Mas, como desenvolver essa competência? Aí vai a segunda dica da matéria: A primeira providência é estudar sobre áreas diferentes da formação inicial. Ler, aprender e aplicar, expandir a mente para aquisição de novos conhecimentos, um advogado, por exemplo, pode aprender design e, com isso, melhorar seu desempenho em audiências e elaboração de petições, usando os fundamentos do design para conseguir ser mais criativo otimizando seu desempenho e melhorando sua performance.
Comece pelas áreas que tenha afinidade pessoal, expandindo pelo lado mais confortável, depois, conforme a necessidade, veja quais áreas são necessárias para melhorar seu desempenho profissional e se tornar atrativo para o mercado de trabalho. A compreensão vai melhorando a cada instante, a cada passo e se tornará mais fluida ao final do processo.
Na próxima publicação falaremos sobre Pensamento Adaptativo e Design Mindset. Fique de olho!
Não leu as matérias anteriores sobre Soft Skills para a era digital?
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Autora do livro: Geração Z: uma nova realidade
Colunista no Blog do Elefante Marinho
Especialista em Gestão de Pessoas, Analista Comportamental, Life Coach, Funcionaria em SEBRAE, idealizadorado canal @prosperae e consultora de desenvolvimento pessoal.
Estudante de UX Design, Mãe e Multitarefa.
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